Os alcenos reagem com X2 (X = F, Cl, Br, I) para formar dialetos como produtos de adição. A reação de Cl2 e Br2 com alcenos é muito rápida devido a formação de um intermediário chamado halônio:
A formação do halônio é fortemente dependente do tamanho do halogênio e de sua capacidade de suportar carga positiva. O fluorônio nunca foi observado nessa reação, uma vez que o flúor é muito pequeno e não suporta carga positiva - a adição de F2 a alcenos segue um mecanismo diferente. O clorônio é formado, mas o cloro é relativamente pequeno e o ciclo de três membros tende a romper para formar o carbênio mais estável. O mesmo acontece com o iodônio por ser relativamente grande, além de reagir muito lentamente.
O bromo possui o equilíbrio ideal entre tamanho e capacidade de suportar carga positiva, sendo o bromônio o halônio mais importante. A formação do halônio ocorre por uma das faces do alceno, logo o ataque do haleto deve ocorrer pela face oposta levando a uma adição anti:
Se o alceno for simétrico o halônio também será, logo o ataque do haleto pode ocorrer em qualquer um dos carbonos. Se o alceno não for simétrico o halônio será distorcido com a ligação mais curta no carbono menos substituído, logo o ataque do haleto ocorre no carbono mais substituído: