Por Carlos Vinícius Pinto dos Santos
Após o modelo atômico de Dalton, que propunha o átomo como uma esfera maciça e indivisível, Joseph John Thomson, no final do século XIX, revolucionou a compreensão da estrutura atômica com suas descobertas sobre os elétrons.
Thomson realizou experimentos com tubos de raios catódicos (que mais tarde se tornaria uma das bases tecnológicas para o invento da televisão), nos quais observou a emissão de partículas carregadas negativamente, que ele denominou elétrons. Essa descoberta desafiou a ideia de que o átomo era indivisível, como proposto por Dalton.
Com base em seus experimentos, Thomson propôs um novo modelo atômico, em que o átomo era visualizado como uma esfera de carga positiva e os elétrons (com carga negativa) estavam incrustados em sua superfície.
• Átomo como uma esfera: O átomo era considerado uma esfera maciça e uniformemente carregada positivamente.
• Elétrons incrustados: Os elétrons, com carga negativa, estavam distribuídos aleatoriamente dentro dessa esfera positiva.
• Neutralidade elétrica: O número de cargas positivas era igual ao número de elétrons, tornando o átomo eletricamente neutro.
Apesar do claro avanço em relação ao modelo de Dalton, o modelo de Thomson falhava em responder a natureza da carga positiva, estava em contradição com o eletromagnetismo clássico, uma vez que não fazia sentido a manutenção de cargas opostas em contato e não explicava os comportamentos observados pela espectroscopia, área que estuda a interação entre luz e matéria.
Contudo, o conceito de neutralidade elétrica e a distribuição de cargas foram acertados e utilizados nos modelos seguintes.