Por Carlos Vinícius Pinto dos Santos
A velocidade de uma reação é função da Ea em determinado mecanismo. Entretanto, algumas substâncias podem mudar o mecanismo da reação para outro mecanismo com menor Ea, logo com maior velocidade. Esse fenômeno se chama catálise e a substância que o provoca se chama catalisador.
Os catalisadores podem ser divididos em homogêneos (solúveis no meio reacional) e heterogêneos (insolúveis). Várias substâncias podem atuar como catalisador com ácidos, bases, metais, compostos metálicos e compostos orgânicos. Independentemente de qual seja o catalisador participa diretamente da reação, mas não é consumido, sendo regenerado logo após a formação dos produtos. Por esse motivo, os catalisadores são utilizados em concentrações muito baixas nas reações químicas.
Se a formação de um dos produtos acelera a formação de mais produtos há um tipo especial de catálise chamado autocatálise. Na autocatálise a velocidade inicial é lenta, mas aumenta gradativamente com o tempo tornando a elucidação do mecanismo muito mais complexa do que em reações convencionais.
Uma substância que é capaz de alterar o caminho reacional para um com maior Ea é chamada de inibidora (ou veneno). Em geral, inibidores atuam diminuindo a ação de catalisadores e impedindo o aumento de velocidade desejado. Alguns metais pesados e seus compostos como arsênio e chumbo, além de compostos inorgânicos como sulfeto são inibidores comuns na indústria.
Porém, há situações em que inibidores são desejados por diminuir a taxa de reações indesejadas como o caso do zarcão que inibe a oxidação de ligas ferrosas e da camada passivadora que inibe a oxidação do alumínio (tornando-o muito durável).