Se o desvio (α) no polarímetro for para um ângulo negativo (para esquerda, anti-horário) o desvio é dito levogiro (do latim laevus, esquerda) e pode ser indicado por ℓ ou por (-), enquanto que se o desvio for para um ângulo positivo (para direita, horário) é dito dextrogiro (do latim dexter, direita) e denotado por dou por (+). Mesmo que a notação d e ℓ esteja em desuso, ainda é encontrada em muitos livros e referências.
Não há correlação direta entre a configuração (R)-(S) e o desvio da luz polarizada, sendo esta uma propriedade estritamente empírica.
O desvio é produzido pela interação dos enantiômeros e a luz polaridade, assim quanto mais moléculas no caminho ótico, maior será o desvio. Para padronizar os resultados foi criada a grandeza rotação específica
onde:
[α] = rotação específica
α = rotação observada
c = concentração da amostra (em g/mL)
ℓ = caminho ótico (em dm)
O desvio também depende da temperatura e do comprimento de onda utilizado, sendo estes informados sobrescritos e subscritos, respectivamente. Um desvio que tenha sido observado a 25ºC com uma lâmpada de sódio na linha D (λ = 589,6 nm) é representado como
A rotação pode não se conservar se os átomos forem substituídos mesmo que a configuração se mantenha, o que reforça o carácter empírico da rotação específica.
Um par de enantiômeros tem exatamente o mesmo valor para rotação específica, a menos da direção do desvio. Dessa maneira, se um enantiômero estiver ligeiramente contaminado com seu par sua rotação específica apresentará valor inferior em módulo ao padrão desse enantiômero.